| Primeiros Socorros - Como agir? |
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Como referido ao longo do site, há diversas situações que requerem a aplicação dos conhecimentos e técnicas de primeiros socorros, com a finalidade de manter os sinais vitais e impedir o agravamento de um quadro clínico de uma vítima de acidentes, mal estar, intoxicação, etc.
Dentre as técnicas de assistência a essas pessoas, há uma série de procedimentos que combinam técnicas específicas, muitas delas utilizadas em mais de um tipo de caso. Descreveremos aqui algumas das principais ocorrências e/ou situações que requerem o uso apropriado desses procedimentos e como aplicá-los em cada caso.
Transporte das Vítimas
O transporte de vítimas deve ser realizado somente em situações em que não for mais possível aguardar o socorro chegar, quando possa haver risco iminente de morte, e em locais onde não haja nenhum serviço de saúde próximo ou viável que chegue em tempo hábil para manter a vítima fora de risco, e quando ofereçem riscos de vida imediatos a quem sofre algum dano, como por exemplo, num acidente de trânsito, se a pessoa estiver estirada no meio da via, e o trânsito ainda esteja desviado.
A forma como se deve transportar uma pessoa necessitada de atendimento deve se adequar de acordo com a gravidade das lesões sofridas pela vítima e seu nível de consciência, a força, o número de pessoas envolvidas no socorro, a distância e os meios de locomoção para a unidade de saúde mais próxima. È importante verificar o transporte utilizado para locomover a vítima. |
| Avaliação da Cena |
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-Clínica: Causada por condições fisiológicas da vítima, como um mal-estar, um ataque cardíaco, desmaios, intoxicações, etc. -Trauma: Gerada por mecanismos de troca de energia, como colisões automobilísticas, quedas, queimaduras choques em geral, etc. A avaliação prévia da cena do ocorrido é de fundamental importância uma vez que através dessa medida é possível dimensionar os riscos existentes na cena, evitando-se até que a própria pessoa que presta o socorro acabe por se tornar mais uma vítima. Deve-se seguir 5 etapas na fase de avaliação da cena, a fim de se isolar os riscos e poder promover um socorro efetivo até a chegada de profissionais: 1)Segurança: É necessário verificar se a cena é segura para poder ser abordada, e assim procurar tornar o ambiente adequado para o atendimento prévio. Por exemplo, no caso de acidentes de trânsito, deve-se procurar improvisar um espaço de maneira a desviar o fluxo de veículos, sinalizando aos carros que vêm no sentido do problema ocorrido. 2)Cinemática: Verificar como se deu o acidente ou mal sofrido pela vítima, perguntando a ela, se estiver plenamente consciente, ou a pessoas próximas que testemunharam o ocorrido. Na carência das duas hipóteses, deve-se adotar procedimentos que serão abordados mais adiante no site. 3)Bio-proteção: Deve-se procurar maneiras de evitar possíveis infecções através do contato direto com o sangue das vítimas, usando luvas cirúrgicas se possível, em situações adversas não deve-se abortar os procedimentos por falta de instrumentos. 4)Apoio: Deve-se procurar auxílio de pessoas próximas da cena, no sentido de ajudar a dar o espaço necessário para o atendimento prévio, chamar imediatamente o socorro especializado, desviar o trânsito de veículos, procurar manter a ordem e a calma entre as outras pessoas, etc. No caso de não haver pessoas por perto isso deve ser feito com o máximo de agilidade e tranquilidade, pela própria pessoa que presta o socorro inicial. 5)Triagem: Contabilizar a quantidade de vítimas envolvidas no acontecido e o estado de cada uma. |
| Condições Gerais da Vítima |
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É preciso, após a avaliação e devido preparo da cena, analisar a condição da vítima de acidente ou mal clínico, para que se adote o procedimento adequado, de acordo com o que a situação exige.
Salientamos, ainda, que todos esses procedimentos até aqui descritos e os que ainda serão abordados devem ser efetuados com o máximo de agilidade e exatidão possíveis, uma vez que o tempo é um fator crucial para determinar ou não a sobrevivência, ou mesmo a recuperação sem sequelas de uma vítima. Portanto é necessário que o prestador de socorro seja decidido, mantenha a calma, e afaste curiosos a fim de proporcionar um maior espaço para se trabalhar da melhor maneira possível. Deve-se obter um breve prognóstico sobre as condições da vítima, observando-se primeiramente os seus sinais, ou seja, tudo aquilo que se pode notar, examinando a pessoa lesada (respiração, palidez, pele fria, etc.) além de se examinar também os sintomas sentidos pela vítimas informados por ela própria (náusea, vertigem, tontura, dor, etc.) e os sinais vitais, cuja ausência ou mesmo alteração indica uma grave irregularidade no funcionamento normal do organismo entre esses sinais estão: pulsação (batimento do coração), pressão arterial, respiração e temperatura corporal. Estudos científicos mais recentes indicam a dor, tida então como sintoma, como um quinto sinal vital, partindo do princípio de que ela só é sentida por quem está ainda vivo. Usa-se então, tanto pelo socorrista leigo, quanto pelo profissional um parâmetro para se medir e avaliar o nível de consciência da vítima chamado A.V.D.I ( Alerta, Voz, Dor e Inconsciência).
ALERTA- Quando a pessoa que presta o socorro nota que, ao tocar a vítima, esta reage de uma forma instantânea e espontânea ao sinal do socorrista, numa situação de trauma ou clínica, esta se encontra na fase de alerta, ou fase A. Isto significa que a vítima ainda tem em suas funções corporais e atividade neurológica ativas, ou seja, o cérebro que sob risco, ainda está sendo suprido de oxigênio e funcionando. VOZ- Nota-se que, quando a vítima passa a não responder a estímulos sonoros, como por exemplo ser chamada pelo nome, esta encontra-se na fase V, ou seja, está num processo de perda de consciência, uma vez que a audição é um dos últimos sentidos a se perder antes do cérebro ficar inconsciente. DOR- Não havendo resposta aos estímulos sonoros, a vítima tem de ser submetida ao teste da chamada fase D, isto é para perceber se a pessoa ainda sente dores, o que indicaria um leve estado de consciência, o socorrista realiza um movimento com uma das mãos fechadas friccionando-a na região da junção de seus dedos, na região central do tórax da vítima. Esta, por sua vez, tentando inibir o movimento do socorrista ou mesmo gesticulando ou demonstrando com expressões faciais que o friccionar de seu tórax a incomoda, indica que ainda sente dores. Caso não haja nenhum tipo de reação da vítima ao estímulo, deve-se considerar a etapa seguinte.
INCONSCIÊNCIA- Nessa fase, a pessoa vitimada encontra-se totalmente inconsciente, ou seja, não está havendo atividade cerebral em seu organismo, Percebendo-se a inconsciência quando ela não reagiu a nenhum dos três estímulos anteriores (alerta, voz e dor), o que é muito preocupante, uma vez que o cérebro começa a ter danos irreversíveis a partir de 6 minutos sem receber oxigênio. |
| Convulsões |
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Popularmente conhecida como ataque, é mais comuns em pessoas que sofrem de epilepsia; porém, pode ocorrer em pessoas que não sofram da síndrome.
A convulsão é um fenômeno neurológico atípico e temporário, quando o cérebro gera alterações, liberando uma descarga bioenergética, que resulta em movimentos involuntários e descordenados dos músculos, além de alterações físicas como desvio dos olhos, tremor, boca espumando, etc. O que fazer nos casos de convulsões? A vítima que sofre com um ataque convulsivo, normalmente tende a se debater no chão, apresentar uma perda de consciência, “espumar pela boca”, contrair o maxilar, podendo morder a língua e os lábios e até mesmo liberar urina e fezes, devido à involuntariedade de seus movimentos. A seguir, elencamos alguns procedimentos que devem ser tomados em um casos de convulsão: - Enquanto a pessoa estiver tendo a crise convulsiva, devem-se afastar objetos com os quais a vítima possa se chocar e se machucar. Procure amortecer sua cabeça, segurando-a e colocando cascos ou almofadas para que não ocorram traumas; - Não colocar os dedos ou a mão a boca da vítima, nem tentar conter seus movimentos, a não ser para amortecê-los; - Marcar o tempo que dura a convulsão; - Quando notar que cessaram os movimentos bruscos e involuntários, deve-se colocar a pessoa em PLS (Posição Lateral de Segurança); - Procurar uma unidade de saúde próxima, sempre que o ataque durar mais de 10 minutos, ou se essa tiver sido a primeira convulsão, ou ainda se o ataque se repetir em pouco tempo depois. |
| Parada Respiratória |
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O quadro de parada respiratória exige da parte do socorrista uma agilidade e uma percepção apurada, pois deve ser realizado o procedimento para a recuperação o mais rápido e precisa possível.
Os primeiros sinais identificáveis do indivíduo com parada respiratória são a ausência de movimentos torácicos, roxidão dos lábios e extremidades do corpo além da ausência de sons da respiração quando se aproxima o ouvido ao nariz e à boca da vítima. O que fazer em caso de parada respiratória? *Colocar a pessoa deitada sobre uma superfície firme com as roupas afrouxadas, e com o queixo inclinado, aplicar a técnica de respiração artificial. *Deve-se manter o procedimento até que a vítima recobre por si própria a respiração. É importante mantê-las a pessoa aquecida e livre de objetos ou resíduos que obstruam as vias aéreas. *Nunca dê nada para a pessoa comer ou beber assim que esta recuperar os sentidos e a respiração, pois em casos de hemorragia interna, que é quase assintomática, o quadro pode ser agravado. Espere a chegada de uma equipe médica especializada. |
| Estado de Choque |
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É um estado de “semiconsciência” em que a pessoa apresenta palidez de face; visão turva ou escurecida; suor frio; vertigem; pulso rápido, porém fraco; calafrios; náuseas ou vômitos; respiração curta e superficial; e é causado geralmente como consequência de outros acontecimentos como uma queda, a perda de sangue elevada, envenenamento ou intoxicação por produtos químicos, etc.
No estado de choque o indivíduo tem uma queda brusca da pressão arterial, e pode levar rapidamente o indivíduo a óbito caso não sejam adotadas as técnicas adequadas em tempo hábil. O que fazer em caso de estado de choque?
*Mantenha a vítima deitada, aquecida e confortável, controle qualquer tipo de hemorragia eventual e, se houver vômito, vire-a com a cabeça para o lado a fim de não haver sufocamento. Eleve as pernas da vítima (se não forem identificadas fraturas) a fim de conferir um retorno venoso, mantendo também se possível, a cabeça mais baixa que o tronco.
*Na ausência de pulsação aplicar a técnica de respiração artificial aliada à massagem cardíaca. *Se a vítima estiver consciente, recomenda-se a ingestão de açúcar, ou água com açúcar, para recuperar o glicogênio do organismo, pois sua falta, na maioria dos casos, é uma das principais razões do estado de choque. |
| Parada Cardíaca |
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É a ausência de batimentos do coração, quando, por alguma razão o músculo cardíaco deixa de receber oxigênio em quantidade suficiente para conseguir bombear o sangue e, assim, para a sua função.
Geralmente, é causada por choques elétricos, afogamentos, reações alérgicas graves, pancadas muitos fortes, sufocamento, etc. É necessário atentar para sinais como: ausência de pulso, palidez acentuada e inconsciência.
O que fazer nos casos de Parada Cardíaca? *No caso de uma parada cardíaca ou cardiorrespiratória, por serem de extrema gravidade, não é possível esperar a chegada de um médico para se iniciar o procedimento de primeiros socorros. *Deve ser aplicada a técnica de reanimação, que alia a massagem cardíaca e a respiração artificial, até que se note a recuperação da pessoa, ou até que chegue um atendimento médico especializado. *Vale relembrar o cuidado que se deve ter com a técnica de massagem cardíacaem jovens e crianças, diminuindo-se a intensidade da pressão exercida para apenas uma das mãos com jovens e com um ou dois dedos para crianças e bebês. |
| Ataque Cardíaco |
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Diferentemente da parada cardíaca ou cardiorrespiratória, um ataque cardíaco (ou apoplexia) não compromete totalmente a atividade do músculo cardíaco. Este por sua vez tem um déficit considerável em suas funções, que pode ser causado por um problema crônico da vítima ou em decorrência de fortes emoções, stress acumulado maus hábitos alimentares, tabagismo entre outros fatores.
Os sintomas observados em uma pessoa que sofre um ataque cardíaco são: suor excessivo; palidez, náuseas, dor aguda e formigamento no peito e nos braços (especialmente no esquerdo). O que fazer nos casos de ataque cardíaco? Mantenha a pessoa deitada ou sentada de maneira confortável, com as roupas afrouxadas, cubra-a se esta alegar frio, e não tente realizar nenhum tipo de procedimento além desses, até que chegue um auxílio médico especializado, pois os casos de ataque cardíaco necessitam de exames minuciosos posteriores, para se avaliar a condição e um tratamento adequado que o indivíduo realizará. Como evitar o ataque cardíaco? Ataques do miocárdio geralmente são causados por fatores anteriores ao ataque em si. Diante disso é necessário ter uma vida saudável, evitando excessos de gorduras e sal, praticando atividades físicas regulares, evitando o cigarro ou qualquer outro derivado, se mantendo afastado de problemas ou de fatores determinantes para o estresse, etc. |
| Hemorragias |
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É tido como hemorragia todo derramamento de sangue do organismo humano para fora dos vasos sanguíneos. O sangue tem uma função vital e fundamental no organismo, além de transportar os nutrientes e o oxigênio para as células. Também leva o gás carbônico e outros resíduos e substâncias para os órgãos excretores do corpo.
O sangue tem funções nutritivas, excretoras e imunológicas essenciais ao nosso organismo, o que leva a concluir que a perda de tal elemento em nosso corpo é extremamente prejudicial e, dependendo da quantidade e do caso, mortal. Uma hemorragia com muita perda de sangue não devidamente tratada pode levar a vítima a um estado de choque e, posteriormente, a óbito. Já em casos de hemorragias de menor proporção, pode trazer um quadro de anemia (falta de nutrientes, e baixa quantidade de glóbulos vermelhos no sangue). Hemorragia externa: É o tipo de sangramento exterior ao corpo, ou seja, que é facilmente visível. Pode ocorrer em camadas superficiais da pele por corte ou perfurações, ou mesmo atingindo áreas mais profundas através de aberturas ou orifícios gerados por traumas. Pode ser contida, utilizando-se de técnicas de primeiros socorros. Hemorragia interna: A hemorragia interna se dá nas camadas mais profundas do organismo com músculos, ou mesmo órgão internos. Ela pode ser oculta ou exteriorizar-se através de algum hematoma (mancha arroxeada) na região da hemorragia. A hemorragia interna costuma ser mais grave pelo fato de na maioria dos casos ser “invisível”, o que dificulta sabermos a dimensão e a extensão das lesões. As hemorragias ainda têm um outro tipo de classificação que se dá quanto ao tipo de vaso sanguíneo rompido. Podem ser: Hemorragia Arterial- quando uma artéria é rompida ou cortada e o sangramento ocorre em jatos intermitentes, na mesma pulsação das palpitações cardíacas. O sangue nesse tipo de hemorragia, apresenta uma coloração vermelha clara e brilhante. Costuma ser mais grave por ter uma perda mais rápida de sangue. Hemorragia venosa- É o sangramento que se dá em decorrência do rompimento ou corte de uma veia, e tem uma coloração vermelha escura, típica de um sangue rico em gás carbônico, tem um fluxo contínuo e mais lento que o da hemorragia arterial. Hemorragia capilar- É um sangramento lento e com menos volume de sangue, que ocorre nos vasos capilares (encontrados na extremidade interna da pele), e é observado em arranhões e pequenos cortes superficiais.
Abaixo, um comparativo da quantidade de sangue perdida em uma hemorragia e as consequências e/ou sinais observados em cada estágio. Quando se perde de 15 a 30% do sangue no organismo: -Um estado de ansiedade; -Observa-se o pulso fraco; -Sede excessiva; -Suor excessivo; -Taquicardia (batimentos muito acelerados do coração); -Respiração rápida. Quando se perde de 30 a 50% do sangue no organismo: -Taquicardia; -Semiconsciência; -Estado de choque. Quando se perde mais de 50% do sangue do organismo: -Dificilmente a pessoa que perde essa quantidade de sangue sobrevive sem uma imediata intervenção laboratorial (transfusão de sangue) realizada por um médico profissional. O que fazer em casos de hemorragia? *É necessário manter e transmitir a calma diante da situação, passando à vítima confiança; *Deite a pessoa em posição horizontal, pois facilita a circulação sanguínea entre o coração e o cérebro; *Aplique sobre o corte, perfuração ou ferimento uma compressa com gaze, ou um pano limpo (se possível antes, use luvas descartáveis, a fim de evitar possíveis contaminações), fazendo uma pressão firme sobre o local com uma ou com as duas mãos, ou mesmo com um dedo, ou ainda uma ligadura, dependendo do tamanho e do local do ferimento; *Se o pano ou gaze ficar encharcado com sangue, este não deve ser trocado, mas mantido no lugar e colocado outro por cima, a fim de não interromper o processo de coagulação do sangue que está sendo contido; *Continuar a compressão até que a hemorragia estanque (no mínimo 10 min.); *Em seguida, faça uma ligadura compressiva (que é um curativo bem preso e com certa pressão sobre a região afetada) no local da hemorragia. *Durante todo esse processo, deve-se manter a vítima calma e acordada, não dar nada para comer ou para beber e mantê-la aquecida. *No caso de hemorragias nos membros com muita abundância de sangue, as quais não se pôde conter após ter aplicado as técnicas acima mencionadas, pode ser que seja necessário o uso de um torniquete, que consiste em colocar um pano ou um esfigmomanômetro (pop. “liga de soro”) logo acima do ferimento, de maneira a interromper quase que integralmente a circulação sanguínea naquele local para estancar a hemorragia. Visto que é uma técnica muito arriscada, o torniquete é recomendável somente em última hipótese. Nos casos de hemorragias muito constantes deve-se transportar a vítima imediatamente a uma unidade de saúde mais próxima. *Em hemorragias nasais (sangramentos no nariz), deve-se elevar a cabeça da vítima com o tronco inclinado para frente, para que ela não acabe engolindo sangue; *Comprimir a(s) narina(s) que sangra(m) com os dedos; * Aplicar gelo ou compressas frias; * Não assoar; *Caso o sangramento não cesse, deve-se colocar um tampão, de algodão ou gase, de maneira a preencher bem a cavidade nasal. |
| Fraturas |
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O esqueleto humano, vulgarmente falando, é a base mecânica e de sustentação de todo o corpo. Quando um osso do esqueleto é rompido, deslocado ou trincado,causando a descontinuidade total, ou parcial deste mesmo, identificamos o que chamamos de fratura.
A fratura pode ser de natureza simples, ou seja, fechada, sem exposição do osso fraturado nem rompimento de pele; ou também de natureza exposta, ou seja, aberta, quando há um rompimento de pele e uma possível exposição do osso fraturado.
Os sintomas observados em um indivíduo que sofreu uma fratura, entre outros, são: dor aguda e inchaço no local da lesão; falta de força e impossibilidade total ou parcial de movimentar o membro ou região afetada; deformação ou encurtamento do membro fraturado; edema e/ou hematoma; exposição óssea ou rompimento da pele, no caso de fratura exposta. É importante verificar o problemaretirando um raio x da área fraturada!
*Deixar a área da fratura exposta, ou seja, tira roupas que estejam apertando ou mesmo rasgá-las ou cortá-las;
*entorse possível, e depois de se informar à respeito da vítima quanto a possíveis alergias a medicamentos, ministre algum analgésico para que a sensação de dor seja diminuída;
*No caso de entorses (rompimento de tendões ou ligamentos) e luxações que é quando o osso sofre um movimento brusco e desloca-se do seu lugar original, o procedimento é idêntico aos demais tipos de fratura devendo-se imobilizar a região afetada no caso de luxação, e aplicar compressas com gelo na área da articulação no caso de entorses. *Deve-se tomar algumas precauções a fim de não haver uma piora no quadro da vítima tais como: - não movimentar a articulação ou membro lesionado; -não tentar colocar possíveis fragmentos de osso expostos para dentro; -não provocar compressões sobre o local; - não tentar recolocar o osso no lugar; - não alimentar a pessoa para o caso de uma possível cirurgia, onde se faz preciso o estado de jejum. *Após realizados esses procedimentos, aguardar a ajuda médica previamente acionada, para que sejam adotados outros procedimentos cabíveis. |
| Choque Elétrico |
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O choque elétrico é a passagem de uma corrente pelo copo tornando-se um condutor elétrico.
Essa condução de corrente varia de acordo com a intensidade de volts com que a pessoa é submetida no choque elétrico e pode gerar desde um pequeno susto, até uma fibrilação cardíaca, ou mesmo a morte. O choque elétrico pode ser causado por fenômenos naturais como um raio, por exemplo, ou acidentes como o contato direto com fiações elétricas domésticas ou públicas, áreas energizadas em decorrência de alguma fonte de energia mal isoladas, ou até mesmo o contato direto com uma pessoa que está recebendo uma descarga elétrica.
O que fazer nos casos de choque elétrico? *No caso de se estar presenciando o momento do ocorrido, procurar imediatamente afastar a vítima com a fonte da corrente elétrica, desligando o interruptor próximo. Sendo ela um fio afastá-lo da pessoa com um instrumento de material não condutor que esteja seco (madeira, plástico, pano grosso, borracha, com exceção de materiais de metal), procurar locomover a vítima também com algum desses instrumentos, uma vez que ela estará energizada e poderá assim, transmitir o choque a você. *Aguarde uns segundos e inicie os procedimentos de socorro, já tendo acionado um serviço especializado antes. Observe os sinais e se a vítima estiver inconsciente, sem pulso ou respiração, aplique as técnicas de ressuscitação com massagem cardíaca e respiração artificial. *Deve-se desapertar as roupas e ficar atento aos sinais vitais, ainda que a vítima tenha recuperado a pulsação e a respiração. Em casos de choques, essas variações de quadro são comuns, e pode ser necessária nova intervenção de reanimação. *Se a vítima apresentar inconsciência; porém, estiver respirando e com pulsação, deve-se colocá-la na PLS (Posição Lateral de Segurança) descrita anteriormente e aguardar a chegada do socorro especializado. |
| Envenenamento e Intoxicação |
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São reações causadas no organismo por ingestão ou contato com substâncias prejudiciais que, dependendo da quantidade e da forma como foram introduzidas no organismo, podem trazer consequências temporárias ou permanentes.
Em geral, as intoxicações e envenenamentos são causados por acidentes domésticos ou de trabalho, ingestão excessiva de álcool ou alimentos fora de condições de consumo, ou mesmo tentativas de suicídios.
Classificar os sintomas de alguém que sofre intoxicação e envenenamento é um tanto complexo, uma vez que varia de acordo com o tipo de substância com a qual a vítima teve contato; entretanto, há alguns tipos de sintomas notáveis na maioria dos casos, que são: -Náuseas e/ou vômitos; -Palidez; -Semiconsciência, ou inconsciência; -Suor excessivo e frio; -Estado de choque. O que fazer nos casos de envenenamento? Intoxicação por alimentos
Normalmente, a pessoa intoxicada apresenta suor excessivo, dores abdominais agudas, vômito e náuseas, desmaios e possíveis delírios. Deve-se proceder da seguinte forma:
-Chamar previamente o socorro especializado; -Verificar os sinais vitais; -Procurar saber o máximo de informações possíveis sobre a origem da intoxicação alimentar, como por exemplo, que tipo de alimento a pessoa ingeriu;
-Deve ser um tratamento realizado por profissionais, sendo indispensável a locomoção a uma unidade de saúde.
Intoxicação / Envenenamento por produtos Tóxicos ou Remédios
Em geral, são causados por ingestão compulsória de remédios, ingestão acidental ou proposital de substâncias nocivas ao organismo. A automedicação pode ser provocada tanto por medicamentos originais, quanto por medicamentos genéricos.
Alguns dos sintomas podem apresentar queimaduras em volta da boca, vômitos, respiração dificultosa e limitada, unhas e lábios arroxeados, etc. Intoxicação por Substâncias e/ou Venenos Inalados -Remova a vítima do local para um ponto ao ar livre; -Em caso de perda da consciência, iniciar o procedimento de reanimação, descrito anteriormente no site; -Acionar o mais rápido possível o socorro especializado. |
| Queimaduras |
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As queimaduras são lesões causadas no organismo por algum tipo de agente físico e podem ser classificadas em três tipos, sendo eles: térmica, elétrica e química.
Queimaduras térmicas são as que ocorrem em decorrência do contato do corpo com alguma fonte de calor e são as mais comuns. Queimaduras elétricas são aquelas geradas por algum tipo de descarga elétrica recebida pelo corpo, e as queimaduras químicas são aquelas que ocorrem quando o corpo é submetido ao contato com substâncias cáusticas como, por exemplo, ácidos e produtos químicos corrosivos.
As queimaduras recebem uma classificação também quanto ao grau de profundidade do dano causado à pele lesada, que podem ser:
-Queimadura de primeiro grau: é aquela que atinge a camada superficial da pele, causando uma vermelhidão e uma ardência no local. Normalmente, são causadas por exposição prolongada ao sol, ou contato rápido com alguma chama, ou objeto aquecido. -Queimadura de segundo grau: caracteriza-se por afetar uma região secundária da pele, entre a derme (superfície exterior da pele) e a epiderme (camada interior da pele), e nota-se o aparecimento de uma ou mais bolhas na área afetada. As bolhas são o resultado de uma espécie de deslocamento da camada entre a derme e a epiderme causada pela mudança drástica de temperatura na região. -Queimadura de terceiro grau: As queimaduras de terceiro grau caracterizam-se por atingir uma área profunda da pele, podendo-se incluir até o tecido ósseo, e costuma apresentar uma necrose no local afetado. É o tipo de queimadura mais profundo e mais grave. O que fazer nos casos de queimadura? Em queimaduras de 1º grau - *Deve-se procurar resfriar bem a localidade da queimadura com soro fisiológico ou água fria em abundância, até que a dor amenize;
*Administrar o uso de pomadas contra queimadura, se for o caso. Em queimaduras de 2º grau - *Resfrie a área afetada com soro fisiológico ou água fria corrente em abundância; *Deve-se lavar a área cuidadosamente, sem esfregar, com sabão neutro, ou um antiséptico, que não seja álcool;
*Não se deve “estourar” as bolhas que se formam, e nem retirar a pele das que já estiverem rebentadas, deve-se colocar uma gaze úmida após ter resfriado o local e a dor haver diminuído; *O curativo sobre a lesão deve permanecer durante 48 horas e, somente depois desse tempo, recomenda-se expor a pele ao ar livre, para evitar infecções. Em queimaduras de 3º grau - *Resfriar a região com soro fisiológico ou água fria corrente até que a dor amenize; *Lavar cuidadosamente sem esfregar, com sabão neutro ou antiséptico que não seja álcool;
*Se a área afetada for extensa, deve-se envolver a vítima num lençol limpo e molhado com soro fisiológico, ou com água fria; *Nesses casoss por se tratar de queimaduras mais graves a vítima deve ter um atendimento médico o quanto antes -leva-a a um hospital próximo.
ATENÇÃO! Em hipótese alguma nos casos de queimaduras deve-se:
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| Desmaios |
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Desmaios são quedas causadas por um estado de semiconsciência ou inconsciência repentinas, quando o cérebro deixa de receber a quantidade necessária de oxigênio ou açúcar para manter suas funções plenamente ativas. O desmaio pode ser ocasionado por diversas razões como calor, longos períodos sem ingerir alimentos, cansaço, emoções muito fortes, etc.
Identifica-se a pessoa com palidez, pulsação baixa, suor frio, fraqueza, entre outros; assemelha-se em sintomas com o estado de choque. O que fazer em casos de desmaios?
-Se a pessoa estiver prestes a desmaiar; sentá-la com a cabeça entre os joelhos e as penar formando um ângulo, ou deitá-la com as pernas levantadas; -Molhar a testa da pessoa com água fria; -Afrouxar as roupas da vítima; -Se a pessoa já se encontrar desmaiada, deve-se deitá-la na PLS (Posição Lateral de Segurança), de preferência com a cabeça ligeiramente mais baixa que as pernas; -Afrouxar as roupas da vítima e mantê-la de forma confortável e aquecida; -Assim que a vítima recobrar seus sentidos, recomenda-se que se dê algo açucarado para tomar, de modo a recuperar os níveis de açucares perdidos os quais podem ter sido a causa do desmaio (vale lembrar que o consumo excessivo de açúcar em situações extraordinárias como a de um desmaio, não acarreta em prejuízo para o organismo); -Caso a pessoa não recupere os sentidos, deve-se administrar uma espécie de pasta feita com água e açúcar, com pouca água e mais açúcar. Esta “pasta” deve ser colocada debaixo da lígua da pessoa mesmo inconsciente, e aguardar o socorro médico; -Não se deve administrar nada para tomar à vitima que ainda estiver inconsciente, pois ela pode se afogar ou engasgar com os líquidos, devido ao estado de inconsciência. |
| Acidentes com Animais |
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Podem-se observar entre os muitos casos que necessitam de primeiros socorros, alguns tipos de ocorrências que envolvem animais e insetos, quando as pessoas são mordidas por cães ou outros bichos, arranhadas, ou mesmo picadas por insetos, cobras etc.
Mordeduras: os tipos de ataques mais comuns em seres humanos resultantes em mordidas são os de cães e gatos, não sendo excluídos os fatos de mordidas de animais selvagens como cobras e roedores, que normalmente são mais graves devido ao maior risco de infecção e à peçonha de animais como algumas cobras. Os problemas acarretados em ataques de mordedura de animais podem incluir, dentre outras coisas: -Raiva, que é uma infecção causada por vírus e ataca o sistema nervoso; -Intoxicação por veneno, que pode ser causada no ataque de cobras ou outros animais peçonhentos; -Hemorragias; -Infecções por bactérias; -Reações alérgicas; -Tétano, que é causada em decorrência da liberação de uma toxina no organismo. O que fazer nos casos de acidentes com animais? Em casos de mordida de cães e gatos
-Desinfetar a região da mordedura; -Certificar-se de que o cão é vacinado; -Se houver inchaço aplique uma bolsa de gelo -Levar a vítima para uma unidade de saúde, para que sejam feitos os procedimentos como possíveis suturas, vacinas, etc. Em casos de mordida de ratos -Lavar o ferimento com água corrente e sabão neutro por pelo menos cinco minutos; -Desinfetar com álcool ou água oxigenada o local da mordedura; -Se houver inchaço, aplicar gelo; -Cobrir com uma compressa esterilizada o ferimento; -Encaminhar o mais rápido possível a vítima a uma unidade de saúde, visto o grande risco infeccioso de uma mordedura causada por ratos. Em casos de mordidas de cobras -Deve-se, em primeiro lugar, providenciar um atendimento médico o quanto antes, conduzindo a vítima a uma unidade de saúde ou chamar o socorro previamente, informando, se possível, o tipo de cobra que atacou a vítima, caso saibam desta informação, ou, ainda, se houver a possibilidade, levar o animal morto, desde que isso não acarrete em outros riscos. A agilidade, nesses casos, é vital, pois a mordida de uma cobra peçonhenta pode matar em poucas horas; -Após providenciar o socorro, acalme a vítima e coloque-a numa posição onde o local da mordida esteja abaixo do nível do coração, evitando que o veneno se espalhe com mais rapidez ; -É necessário monitorar os sinais vitais da vítima, tais como pulsação, respiração, febre e, se houver sinais de estado de choque, tome os procedimentos necessários, tais como manter a vítima aquecida e com os pés levantados cerca de 30 cm. do chão. -Se possível, ligar antes para a unidade de saúde para onde se está levando a vítima, para que o soro antiofídico seja preparado com antecedência, uma vez que se deve ter o máximo de agilidade visando preservar a vida do indivíduo e evitando sequelas permanentes. -Não permita que a vítima faça esforços físicos e, sendo possível, carregue-a até um local mais seguro. Não administre nada via oral sem recomendações médicas, não aplique torniquetes nem tente sugar o veneno. Picadas de insetos e animais peçonhentos Observa-se, em diversos exemplos, a ocorrência de picadas de insetos e outros animais como águas vivas e ouriços (em regiões de praia), principalmente em crianças que, devido a uma curiosidade maior, acabam tendo mais contato com este tipo de ocorrência. Os ataques de insetos costumam ser de proporções mais graves quando em pessoas que são alérgicas; porém, há também casos de insetos peçonhentos como lacraias e escorpiões, por exemplo, que causam sérios danos ao organismo, caso não seja adotado um tratamento e um socorro adequado.
O que fazer nos casos de picadas de insetos -Desinfetar o local da picada com álcool ou outro tipo de antisséptico o local da picada; -Não tentar retirar o ferrão, espremendo ou com pinças, por exemplo; recomenda-se que se raspe levemente e cuidadosamente o local com uma lâmina; -Atentar para casos de pessoas alérgicas, que demandam agilidade no atendimento médico; -Devido ao inchaço que esses tipos de picadas geram, pode-se também aplicar gelo no local.
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| Posição Lateral de Segurança |
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A posição lateral de segurança (PLS) é uma técnica utilizada em várias situações de emergência, nas quais a vítima esteja inconsciente, mas ainda a respirar e com pulsação regular, e visa obter um posicionamento ideal de maneira que o indivíduo vitimado não sofra agravamentos do quadro em decorrência de movimentos bruscos realizados de forma indevida ou até mesmo involuntária no caso de pós-convulsões.
Como proceder para realizar a posição lateral de segurança? 1- Ajoelhe-se ao lado da vítima deitada; 2- Direcione o rosto do indivíduo para si, inclinando a cabeça do mesmo para trás, de maneira a deixar a vias aérea bem abertas e evitando que a língua caia para trás ou que a respiração seja obstruída por sangue. É necessário, também, se a vítima estiver inconsciente, verificar se a boca está livre de resíduos que possam, de alguma maneira, impedir a passagem de ar para os pulmões e removê-los; 3- Colocar o braço da vítima que estiver mais próximo de você ao longo da extensão do corpo dela, prendendo-o abaixo da região glútea dela; 4- O outro braço da vítima você irá colocar sobre o peito da mesma; 5- Cruzar as pernas da vítima, posicionando aquela que estiver mais distante de si por cima da outra perna; 6- Apoiando com uma mão a cabeça da vítima e com a outra segurando a roupa da mesma na linha dos quadris, de maneira firme e cuidadosa, você irá virar a mesma para o seu lado de maneira que esta fique de lado; 7- Dobrar o braço e a perna que estiverem do lado superior da vítima, de maneira que formem um ângulo em comparação o corpo todo da vítima; 8- Agora, você irá retirar o outro braço da vítima, até então preso ao corpo do lado de baixo maneira cautelosa; 9- Por último, nesse procedimento, é necessário verificar se a cabeça da vítima continua inclinada para trás, visando a liberação das vias aéreas. |
| Respiração Boca a Boca |
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A respiração é um fator fundamental para a manutenção da vida, e garanti-la num processo de assistência a uma vítima é vital para a mesma. O cérebro humano começa a ter necroses de caráter irreversível a partir de 6 minutos sem receber oxigênio do organismo e, após 10 minutos, a possibilidade de morte cerebral é quase certa. Diante disso esclareceremos agora, de uma maneira bem mais simples e objetiva possível a técnica de respiração artificial ou popularmente conhecida como respiração boca a boca, utilizada em casos de parada respiratória ou cardiorespiratória:
Primeiramente, é necessário verificar se a atividade respiratória do organismo da vítima ainda está em funcionamento. Para isso, incline a cabeça do indivíduo para trás, de forma que abra a boca do mesmo e, aproximando seu ouvido da boca, você irá constatar se os sons próprios da respiração estão sendo emitidos. Ao mesmo tempo, você irá observar a região do tórax da vítima, se há algum tipo de movimento ali, ainda que mínimo, pois esse movimento indicia a atividade pulmonar em funcionamento;
2- Deite a vítima sobre uma superfície firme, de barriga para cima e afrouxe as roupas dela, agora você irá fazer a abertura das vias respiratórias, deixando o queixo da vítima levemente erguido para que a respiração flua de maneira mais fácil. Em seguida, com os dedos remova possíveis resíduos ou objetos que possam estar dentro da boca o que dificultaria e obstruiria as vias aéreas, tais como: próteses, dentaduras, restos de alimentos, saliva em excesso, sangue, etc. Verifique ainda se a língua da vítima não enrolou, e ocorrendo isso, procure cuidadosamente desenrolá-la. Todos esses movimentos realizados por ela devem ser feitos com o máximo de cuidado, uma vez que abordam a área do pescoço, onde se encontra a medula espinhal, e lesões nesse órgão são quase sempre irreversíveis; logo, limite os movimentos no pescoço da vítima;
3- Coloque uma das suas mãos pressionando para cima a testa da vítima, de maneir a abrir a boca da mesma e, com a outra mão , tape o nariz da mesma; 4- Inspire ar até que seus pulmões se encham de maneira significativa; 5- Com os seus pulmões cheios, você irá comprimir a sua boca com a boca da vítima assoprando com força todo o ar inspirado até notar que o tórax do indivíduo teve um movimento de elevação, (existem máscaras especialmente desenvolvidas para a respiração artificial, as quais impedem e evitam o contágio de doenças infecciosas eventuais do socorrista para vítima ou vice-versa decorrentes do contato direto e, se possível, é necessário sempre ter uma dessas máscaras no auxílio ao acidentado; porém, na falta dela, o atendimento não deve deixar de ser feito em hipótese alguma; 6- Tire as mãos da face da vítima e comprima uma sobre a outra o tórax desta, para que ela possa expirar o ar que você inflou em seus pulmões. Continue até que a pessoa volte a respirar sem auxílio. |
| Reanimação Cardiopulmonar |
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Utilizada culminantemente com a respiração artificial, a massagem cardíaca é uma técnica de reanimação do coração da vítima. Quando nota-se a perda dos batimentos cardíacos, é aplicada a técnica de modo a tentar a reanimação do acidentado e deve ser feita após identificada a parada do coração imediatamente.
Para constatar um estado de parada cardíaca, é necessário verificar a pulsação do indivíduo, colocando-se o dedo indicador e o médio na artéria radial que está no pulso da vítima, De preferência, verifique pelo pulso esquerdo ou, ainda, na artéria carótida que está na lateral do pescoço, rente à garganta, ao lado do músculo. Verifica-se, também, em casos de parada do coração, uma palidez extrema da vítima. Não havendo nenhum tipo de pulsação aliada a essa palidez, é um indicador de parada cardíaca.
A seguir, o procedimento passo a passo da técnica de ressuscitação ou massagem cardíaca: 1- Colocar a pessoa de barriga para cima em uma superfície firme e posicionar-se ao lado dela na altura da caixa torácica de joelhos; afrouxe as roupas da vítima; 2- Você identificará o osso esterno da vítima. localizado entre as primeiras costelas, na parte superior da caixa torácica, e medirá de três a cinco dedos abaixo do esterno, dependo do tamanho da pessoa; 3- Posicione a parte inferior da palma da sua mão predominante (aquela com que tem mais força e habilidade) na posição marcada abaixo do esterno (item 2) e coloque a outra mão sobre a mão predominante; 4- Pressione a região onde estão posicionadas as suas mãos de forma vigorosa, utilizando o peso do corpo como apoio, de forma que cada movimento gere um afundamento de 2 a 5 cm. do tórax, de maneira que o coração seja direcionado e estimulado. Repita o movimento 30 vezes ininterruptas, intercaladas com duas respirações boca a boca; 5- Se possível, a técnica tem melhor eficácia sendo feita com duas pessoas, sendo que uma realiza a massagem cardíaca e, no intervalo desta a outra realiza a respiração boca a boca. Porém se não houver alguém com o conhecimento da técnica por perto, deve ser feita por uma só pessoa; 6- O intervalo entre os movimentos de massagem cardíaca e a respiração artificial se dão da seguinte forma: para cada 30 movimentos de massagem, fazer 2 sopros de respiração boca a boca, e manter o processo sem parar até que a vítima se reanime. Já no caso de se estar realizando o procedimento em duas pessoas, para cada 5 massagens é feita uma respiração, também continuamente até a vítima se restabelecer. 7- Deve-se administrar a técnica de acordo com a idade e o porte físico da vítima. Em jovens a massagem cardíaca deve ser feita com a pressão sendo exercida com apenas uma das mãos; já em crianças com menos de 6 anos e bebês, essa pressão deve ser feita com apenas um ou dois dedo, sendo estes o indicador e o dedo médio. Para constatar se a vítima se restabeleceu, deve-se verificar a pulsação e a respiração novamente; caso não estejam recuperados, retomar o processo de reanimação. |
| Serviços Especializados em Primeiros Socorros |
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Existem órgãos e setores governamentais especializados em atender situações de emergência, os quais deve-se em toda ocorrência devem ser acionados, ainda que os primeiros socorros já estejam sendo realizados. Esse contato explica-se porque todo caso acidental ou clínico, deve passar por uma avaliação médica para excluir possíveis sequelas e a fim de se restabelecer plenamente a vítima.
Abaixo, alguns telefones úteis e a atribuição específica de cada instituição, todos com ligação totalmente gratuita: Corpo de bombeiros – 193: Em casos de emergências, incêndios de acidentes domésticos, de trânsito, resgate de vítimas em que não é possível realizar os primeiros socorros, encarregados de realizar o transporte da(s) vítima(s) a uma unidade de saúde especializada de acordo com o caso específico.
Polícia Militar – 190: Responsável por fazer atendimentos prévios, no caso de ser o primeiro serviço especializado a chegar ao local, manter a ordem do fluxo de trânsito e de pessoas (curiosos), apurar circunstâncias do acidente e em eventualidades realizar o transporte de vítimas.
SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) – 192: É um serviço específico de atendimentos de urgência, criado por uma portaria do Ministério da Saúde, e gerido pela Secretaria de Saúde de cada estado ou município. Realiza um serviço de atendimento às vítimas de acidentes e estados clínicos que necessitam de acompanhamento, realizando um atendimento prévio no próprio local ou dentro de ambulâncias, enquanto a(s) vítima(s) são transportadas a um hospital ou unidade de saúde mais próximos.
Polícia Rodoviária Federal – 191: Em casos de acidentes em rodovias mais isoladas de grandes centros, é recomendável acionar o serviço da PRF, pois é a instituição que provavelmente estará mais próxima da ocorrência, uma vez que é a polícia responsável por zelar do bom fluxo em rodovias nacionais.
Defesa Civil – 199: É o órgão nacional responsável por organizar prevenções de acidentes e desastres naturais ou de grandes proporções e trabalhos de resposta a esses acontecimentos, como medidas de remoção de famílias em áreas potencialmente de risco de desmoronamentos, deslizamentos etc.
Disque Intoxicação (ANVISA) – 0800-722-6001: É um serviço criado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, com o objetivo de esclarecer pessoas e profissionais de saúde quanto às ocorrências envolvendo intoxicações dos mais diversos tipos.
*É importante também consultar a lista telefônica em sua região para saber os demais telefones úteis, de acordo com a localidade em que onde você reside e sempre tê-los à mão para eventuais situações que se faça necessário esse tipo de contato.
*Em alguns estado brasileiros (como São Paulo Distrito Federal), existe um sistema integrado que une os serviços de Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Civil, Defesa Civil e serviços de saúde em geral, O chamado CIADE (no caso do Distrito Federal), em que a pessoa que aciona um dos números das instituições integradas é encaminhada segundo a especificidade de cada caso, conferindo maior agilidade em casos de emergências. * É indispensável que se saibam as técnicas de primeiros socorros antes de aplicá-las na pratica.
* Existem cursos disponíveis em que se podem realizar treinamentos acerca desses procedimentos para aperfeiçoar as técnicas e poder colocà-las em prática em situações de emergência, sem que se ofereça risco a quem é atendido. Se possível, além do conhecimento teórico aqui aprendido, procure também um curso onde se aplique na prática tais conhecimentos.
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